O desperdício é a marca de um sistema produtivo que precisa de se autossustentar através de novas coleções e da moda, de novos produtos lançados no mercado que tornam obsoletos os anteriores, de um tempo de vida cada vez mais curto o que obriga à substituição dos que avariam e para os quais já não existe possibilidade de reparação. A globalização cavou ainda mais o fosso das desigualdades, sendo que milhares de pessoas trabalham em condições miseráveis com salários de miséria e sem quaisquer direitos. As grandes marcas sejam de roupa ou tecnológicas, vivem deste esquema que engordam os seus lucros fabulosos. A deslocalização é uma espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça dos trabalhadores dos têxteis, do calçado, dos automóveis, dos acessórios para mil e uma aplicações, etc.
A defesa do consumidor face à complexidade legislativa e ao poder dos gabinetes jurídicos das multinacionais é um requisito necessário. Esta defesa passa pela exigência de informações claras e objetivas das características dos produtos que são vendidos, bem como da assistência técnica e das garantias prestadas.
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