Na minha opinião pessoal como pessoa, cidadão, pai, professor e acrescento em tudo isso, porque não o escondo, embora não necessite de trazer um autocolante na testa, como cristão evangélico a educação sexual é prorrogativa dos pais no seio da família. Tenho consciência de que muitas famílias, qualquer que seja a sua matriz conservadora ou liberal, religiosa ou não, se demitem desta dimensão da educação. O problema é mesmo como na educação em geral, um problema de indiferença, apatia e passividade ou de inibição ou impreparação. Esta realidade não justifica que a escola se substitua à família, e muito menos que a lei garanta o acesso de menores a entidades públicas de saúde sem o conhecimento e a presença dos pais. Se existe matéria em que a família deve ter uma palavra na comunidade educativa é esta e existem muitas famílias que levam a sério esta dimensão da formação dos seus filhos e educandos. Este é um tema controverso, mas não me inibo de expressar o meu ponto de vista porque, no mínimo, é tão legítimo como qualquer outro, numa sociedade aberta, tolerante e plural. Considero que a única maneira dos adolescentes se protegerem na sua sexualidade é esperarem por uma relação responsável e com compromisso mútuo, embora hoje em dia com a casualidade das relações seja necessário estar muito atento e consciente dos riscos numa relação desprotegida. Não basta dizer que se confia no parceiro. Cada um viverá a sua sexualidade como bem entender. Mas uma informação rigorosa implica conhecer bem os vários argumentos e a própria realidade não só das estatísticas, mas das experiências vividas. O preservativo e a pílula do dia seguinte são apresentados como se fossem uma varinha mágica que protege de qualquer sequela física ou emocional. Será? Eu considero que não!