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OS GEMIDOS DA TERRA

Atualizado: 16 de ago. de 2019

Quem diria que a Bíblia haveria de se mostrar mais contemporânea do que os jornais do dia, neste particular? Quem diria que os factos haveriam de no nosso século demonstrar que o pecado do homem afetou e afeta a natureza, da mesma forma que afeta todas as restantes dimensões do ser humano? Quem diria que a corrupção geral da pessoa humana se tornaria tão evidente na destruição que está a provocar no ecossistema do qual também depende? Quem diria que daqui se torna evidente que na Sua segunda vinda Jesus venha a purificar a terra de toda a contaminação que nela grassa?


A Bíblia diz! Há milhares de anos, muito antes da Revolução Industrial e da crise energética, do buraco na cama do ozono, da contaminação dos solos, da explosão do uso dos plásticos, da utilização dos combustíveis fósseis, da poluição que torna o ar irrespirável nas grandes metrópoles, dos incêndios de dimensões gigantescas, dos degelos nos polos e o muito mais de que ouvimos constantemente nos meios de comunicação, Deus falou e levantou o véu do que hoje está diante dos nossos olhos!


Recolhemos alguns títulos significativos que continuamente enchem as páginas dos jornais:

- Altas temperaturas causam degelo recorde na Gronelândia (Público, 14 de junho 2019)

- Há um milhão de espécies em risco de extinção (Público, 6 de maio 2019)

- Quem limpa o ar das nossas cidades? (Público, 23 de junho 2019)

- Lee Berger: “O humano é provavelmente o animal mais perigoso que já viveu neste planeta” (3 de julho 2019)

- Aquecimento social, alerta global (Público, 4 de julho 2019)

- Don Walsh: com a subida das águas do mar, “teremos nações inteiras a ter de ir embora” (Público, 5 de julho 2019)

- Crise climática: esta ameaça já aquece o presente – e o planeta (Público, 22 de julho 2019)

- Temperaturas mais altas de sempre registadas na Alemanha, Bélgica, Holanda e Paris (Público, 25 de julho 2019)

- “A quantidade de emissões de gases de estufa a que nos permitimos com a aviação é absurda” (Público, 1 de agosto de 2019)

- Até o gelo das zonas mais elevadas da Gronelândia está a derreter (Público, 31 de julho 2019)

- Alerta global: a Terra não aguenta mais uso e abuso dos solos (Público, 8 de agosto 2019)

- Um quarto do mundo em escassez de água “extremamente elevada”. Portugal em risco (Público, 7 de agosto de 2019)

- Os microplásticos caem com a neve e a chuva e estão por todo o lado (Público, 14 de agosto 2019)


O português António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou recentemente “Como avô, esta é a batalha da minha vida”, sobre as alterações climáticas (SIC, 16 de maio 2019). Dessa notícia online reproduzimos: De visita às ilhas Fiji, o secretário-geral da ONU disse que o combate às alterações climáticas ainda está longe do caminho certo e que essa é uma das suas maiores batalhas.

Alertou igualmente “para o crescente perigo para a paz e a segurança mundiais representado pelas mudanças climáticas, que afetam significativamente o arquipélago do Pacífico. ‘Os estrategas militares veem claramente a possibilidade dos impactos das mudanças climáticas aumentarem as tensões em torno dos recursos e originarem movimentos maciços de pessoas em todo o mundo’, declarou Guterres, na cimeira do Fórum das Ilhas do Pacífico.

O responsável lembrou que as temperaturas e os desastres naturais estão a tornar-se cada vez mais extremos e sublinhou que a mudança climática vai afetar seriamente a segurança alimentar devido à salinização da água e à perda de áreas de cultivo, bem como os sistemas de saúde públicos nos países mais vulneráveis.

Em 2016, mais de 24 milhões de pessoas de 118 países e territórios foram forçadas a abandonar as suas residências devido a desastres naturais, três vezes mais do que o número daquelas deslocadas pelos conflitos no planeta, de acordo com dados da ONU.

Guterres também destacou a experiência histórica das ilhas do Pacífico na adaptação perante vários fenómenos climáticos e pediu uma maior cooperação da comunidade internacional com esta zona do mundo para lidar com os efeitos das alterações climáticas.

‘A região do Pacífico está na vanguarda das mudanças climáticas (...) e é por isso que vocês são aliados importantes na luta’ contra esse fenómeno, afirmou Guterres, citado num comunicado.

O secretário-geral da ONU está na Oceânia sobretudo para abordar os crescentes problemas causados pelas mudanças climáticas e pela ameaça que representa para os mares e oceanos do planeta que, com o aumento dos níveis da água devido ao aquecimento global, está a causar a perda de terras das ilhas do Pacífico.”


A tudo isto há que acrescentar os arsenais de armas nucleares, químicas e biológicas; a quantidade de sucata que temos hoje no espaço; a quantidade de lixo da mais diversa ordem dos quais se destaca o lixo radioativo depositado nos oceanos, as centrais nucleares cujo perigo está bem evidente no caso de Chernobil.


Será que o homem conseguirá reverter a situação? Esperamos bem que sim! Mas a tarefa é ciclópica e embora cada um de nós possa e deva fazer a sua parte, as decisões de fundo estão na mãos daqueles que estão reféns do sistema económico-financeiro e do lucro que cega e vai tentando empurrar para a frente o problema. Ainda assim o passa-culpas não resolve a questão, o problema é nosso, de todos nós!


A Bíblia dá-nos a garantia absoluta de que nunca mais algo semelhante ao dilúvio irá acontecer (Génesis 9:11), e que novos céus e nova terra acompanharão a segunda vinda de Jesus (2 Pedro 3:13). Alguns entendem que isto impulsiona o escapismo e os que com indiferença continuam a destruir o planeta Terra. De forma rigorosa e coerente ninguém pode agir com base na Bíblia com descaso em relação à nossa casa presente. A Bíblia logo na sua abertura, no livro do Génesis, coloca o homem não como o dono do planeta, mas como mordomo do Criador para cuidar dele (Génesis 2:15). E no último livro da Bíblia avisa que Deus tratará com aqueles que destroem a criação (Apocalipse 11:18b).


Deixem-me aqui salientar a importância do regresso de Jesus fisicamente à Terra conforme prometeu, na data que o Pai estipulou na Sua soberania (Mateus 24:36). Não podemos deixar de cultivar esta divina promessa e esperança como semente de um investimento cada vez maior e eficaz em todos os nossos relacionamentos, com o próprio Deus trino, com a Igreja de Jesus, com as nossas famílias, com os nossos colegas e amigos, com a sociedade em geral (Mateus 25:31-46). JESUS VOLTARÁ (Atos 1:11)! E com a própria Bíblia no fim do último livro clamamos: Maranata, ora vem Senhor Jesus (Apocalipse 22:17,20)!


É também certo que a Bíblia mostra com clareza que o pecado humano provocou consequências na natureza e mais do que nunca elas hoje são visíveis. Embora não alinhemos na linguagem de que o homem é o vírus destruidor do ecossistema ou que o homem é o animal mais perigoso, o facto é que a desobediência e a rebeldia humana, o seu estado de perdição e desorientação, a sua arrogância e soberba, o seu orgulho e autossuficiência, o seu egocentrismo, trouxeram a morte de múltiplas formas. É tempo de terminar com a nossa insubordinação e reconhecermos que Deus é bondoso e amoroso, o autor da nossa salvação, do perdão de todos os nossos pecados e da superação de todos os nossos fracassos, falhas e frustrações, que começa aqui e tem a sua plenitude na eternidade! Desde já foquemos a nossa atenção em Jesus Cristo, atentemos no que realizou a nosso favor e na nova vida que nos disponibilizou! Nele temos vida eterna (João 3:16)!


Samuel R. Pinheiro






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