Podia ser na perspetiva (i)nata homofóbico, mas não sou. Agora sou avesso ao exibicionismo.
O que se diria se os heterossexuais fizessem um desfile do seu orgulho. Na realidade não necessito de afirmar o que quer que seja na minha sexualidade, nem necessidade de impor o que sou perante os outros. Nunca me passaria desfilar na rua em cuecas. Cada um vive como quer segundo a liberdade que o Criador deu a cada um, sem esconder que no princípio os criou homem e mulher. Não vejo qualquer questão em alguém não se sentir atraído pelo sexo oposto, ou ser atraído pelo mesmo sexo, como também não vejo qualquer problema em alguém heterossexual ser atraído por outra pessoa que não o marido ou a esposa, com a salvaguarda clara do que Jesus afirmou: “Ouviram o que foi dito: ‘Não adulteres.’ Eu, porém, digo: quem olhar para uma mulher com cobiça, já cometeu adultério com ela no seu coração. Portanto, se o teu olho direito te leva à cobiça, tira-o e arremessa-o para longe de ti! Melhor é que seja destruída uma parte do teu corpo do que seres lançado todo inteiro no inferno. E se a tua mão, mesmo que seja a direita, te fizer pecar, corta-a e arremessa-a para longe de ti! Mais vale ficares privado de parte do teu corpo do que ires parar inteiro ao inferno.” (Mateus 5:27-30 – O Livro). Em relação à comunicação social é bem nítida a discriminação que se pratica em relação a outras manifestações culturais, mesmo que sejam entendidas como religiosas. Para bom entendedor, meia palavra basta.
Como seguidor de JESUS amo tanto homens como mulheres e como amor é amor, não vou dizer que posso amar uns mais do que outros. Mas não confundo o amor com sexo, uma confusão que alguns pensam justificar com a ideia de que o amor é sexo. É isto que vendem as televisões e o cinema, bem como os restantes meios de comunicação. “Entre vós não será assim” é o princípio de JESUS. Não temos que viver como os outros querem viver. Depois do Éden cada um quer ser dono da sua vida, da sua morte, do seu sexo, do seu corpo, dono de si mesmo, da sua vontade e da sua consciência; e julgam que tudo é válido quando dois adultos estão de acordo. Ainda que no caso da eutanásia e do suicídio assistido queiram que sejam os médicos a pôr fim à sua vida, e no caso do aborto quererem a coberto de serem donos do seu ventre, poderem decidir da vida do feto em gestação. Assim vão pensando que podem violar-se a si mesmos, que podem contrariar o design original sem consequências. A legalização do que viola a imagem e semelhança de Deus com que fomos criados, não cancela a verdade da criação nem as consequências que daí advêm desde o espiritual ao físico, passando pelo emocional. A ética de JESUS é para os que querem fazer parte do Seu corpo – a Igreja! No meu entender a Igreja não tem o direito nem o dever de impor à sociedade o seu padrão, embora considere que corremos o risco de ao negar os valores judaico-cristãos estarmos a caminhar para um tempo de má memória. Como também, verdade seja dita, a sociedade não tem o direito de me impor o que considera certo ou errado, verdade ou mentira, ou até a negação de que tais coisas existam. Mas também é de má memória o tempo das inquisições morais e éticas. É sempre possível segundo o evangelho mudar de rumo, mas é só para quem quer. O resto é com Deus e está em boas mãos. A nós convém viver segundo o ensino de JESUS nunca perdendo de vista que não é a ética que nos salva, mas o amor redentor de JESUS a nosso favor. Tenho me dado bem desde o momento que disse sim à proposta de JESUS, com muitas falhas e fracassos pelo caminho, mas sem perder a Sua excelência. E porque ainda não encontrei melhor vou continuar assim, num processo que só vai terminar quando o contemplar face a face. Mais uma ilação objetiva do evangelho de JESUS: o Seu amor não distingue géneros, ama de igual modo homossexuais, gays ou lésbicas, heterossexuais sejam adúlteros ou num compromisso, celibatários ou não; o mesmo se pode dizer de tudo o mais no domínio dos costumes e da moral. EU TAMBÉM E TODOS OS QUE O SEGUEM! Mas uma coisa é o Seu amor e outra o que com toda a objetividade e rigor condena. Outra realidade da essência do evangelho de JESUS é a disposição para restaurar e recuperar os que viveram no desconhecimento dos Seus valores e princípios, ou conhecendo-os não os observaram.