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A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS

Atualizado: 20 de jan. de 2022

O diálogo sobre a espiritualidade e a fé tem lugar na primeira fila das minhas prioridades.


O prometido é devido e cá estou eu, com a mesma disposição cordial, para abordar o que a Bíblia nos diz e que deve ser a convicção de todos os seguidores de Jesus Cristo, vulgo cristãos. Todos sem exceção que se consideram cristãos devem escrutinar as suas convicções pela Palavra de Deus e tudo o que não está de acordo com ela deve ser considerado anátema. O desafio é para protestantes, evangélicos, católicos romanos, adventistas e atrevo-me a chegar às testemunhas de jeová (mesmo atendendo que a versão Novo Mundo está torcida para se ajustar às doutrinas professadas), e aos mórmons que consideram ter uma revelação mais recente em Joseph Smith. Enfim a chamada a considerar o texto bíblico e a pessoa de Jesus é para todos: indiferentes, ateus, agnósticos e religiosos.


De modo taxativo e inequívoco a Bíblia e o próprio Jesus afirmam que SÓ através de Jesus vamos ao Pai e somos justificados, redimidos, libertos, perdoados, transformados, reconciliados!

Comecemos pelo princípio: O LUGAR DA BÍBLIA COMO PALAVRA DE DEUS! Não é necessário qualquer esforço acrescido para chegarmos à conclusão que é óbvia, de que a Bíblia é o guia, é a base, único guia de fé e comportamento. De capa a capa isto é-nos reafirmado com centenas, para não dizermos milhares de exemplos de vida e com afirmações categóricas. Mas se Deus falou e nos falou e fala pela Sua Palavra, então tudo o que digamos tem que passar pelo seu filtro. Se Deus falou, e Ele falou pela Palavra e pela presença física do Verbo – o Filho, então se a Bíblia falou está falado. Mas apresentemos o exemplo dos bereanos no livro histórico dos Atos que narra a vida da igreja nascente, e que é elogiado: “Ora, estes de Bereia eram mais nobres que os de Tessalónica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram de fato assim.” (17:11). Estamos a falar de nada mais nada menos do que o apóstolo Paulo, um mestre a quem Jesus se revelou a respeito do evangelho que viveu e ensinou durante a Sua vida terrena. Ainda assim os de Bereia verificavam todos os dias se o que Paulo dizia era de acordo com as Escrituras. Vamos para o último livro da Bíblia e para a advertência solene que ali encontramos: “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro. Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! A graça do Senhor Jesus seja com todos.” (Apocalipse 22:18-21). Fazendo uma consulta rápida só com a expressão “assim diz o Senhor” em toda a Bíblia na tradução João Ferreira de Almeida, encontramos nada mais, nada menos, do que 439 versículos em que a expressão surge. É preciso ler a Bíblia para saber sem sombra de dúvida que em termos de fé e prática, SÓ A BÍBLIA! Quem lê a Bíblia conclui naturalmente que é assim! Não poderia ser de outra forma. A tradição, a razão e o coração têm que estar sob a autoridade da Bíblia; assim como devemos estar todos os que queremos ser discípulos de Jesus e as próprias igrejas locais. E tem de ser assim porque o próprio Jesus assim viveu e ensinou: “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mateus 4:1-4).

Passemos para a pessoa de Jesus Cristo. De modo taxativo e inequívoco a Bíblia e o próprio Jesus afirmam que SÓ através de Jesus vamos ao Pai e somos justificados, redimidos, libertos, perdoados, transformados, reconciliados! Como em todos os tópicos teremos que escolher apenas alguns textos, porque todos ocupariam todo um livro com muitas páginas, e já o temos – A BÍBLIA! Estas são palavras do próprio Jesus: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6). Pedro diante das autoridades religiosas judaicas, depois de terem sido presos, afirma categoricamente o que os referidos líderes se recusavam a aceitar: “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (Atos 4:11,12). O apóstolo Paulo com Silas na prisão em Filipos, depois de terem sido açoitados e presos pelos pés ao tronco, enquanto cantavam e louvavam a Deus um tremor de terra ocorreu, abrindo todas as portas da prisão. O carcereiro sabendo o fim que o esperava e pensando que todos tinham fugido, estava para pôr termo à vida, quando o apóstolo dos gentios bradou: “Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (Atos 16:31). O mesmo apóstolo já perto do fim da sua jornada nesta terra e ao escrever ao seus discípulo, a quem considerava filho na fé, escreve de modo bem explícito: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.” (1 Timóteo 2:5,6). Na verdade, biblicamente, SÓ há um único e suficiente Salvador – JESUS! Isto significa e implica que a Igreja não salva quem quer que seja, mas é formada por todos os que por Jesus são feitos filhos de Deus. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. João testemunha a respeito dele e exclama: Este é o de quem eu disse: o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim. Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.” (João 1:12-18).

Em terceiro lugar consideremos a fé da qual Jesus é o autor e consumador. Onde temos que ir para saber como é? À Bíblia, pois claro! Na carta aos Hebreus temos no capítulo 11, o grande capítulo dos heróis da fé. Consideremos o “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.” (1:6). E como é que a fé vem? A própria Bíblia dá a resposta como não podia ser de outra maneira pela escrita inspirada do apóstolo Paulo: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.” (10:17). Não nos queixemos de falta de fé, porque ela brota sobrenaturalmente da revelação divina. Mas a Bíblia também refere que é apenas pela graça que somos reconciliados com Deus, ou seja, na linguagem neotestamentária, somos salvos. As obras não têm neste qualquer valor e contribuição a dar porque o que Jesus fez a nosso favor na cruz foi definitivo e completo, e o que queiramos acrescentar só invalida a nossa decisão. Uma vez mais é na Bíblia que encontramos o esclarecimento rigoroso. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:8-10). Dirão então alguns precipitadamente que Paulo e Tiago estão em contradição na própria Bíblia. De modo algum! Leiamos com a tenção o versículo 10: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” Não há qualquer desacordo. Salvação pela graça mediante a fé, para as boas obras. Clarinho como a água.

Falemos agora da graça como o favor de Deus a nosso respeito com base no que Jesus realizou a nosso favor. Bastava citar o caso do malfeitor que foi crucificado ao Seu lado. Era tarde demais para tentar remediar o que tinha feito até ali. Só podia arrepender-se e colocar-se sob a graça e a misericórdia de Jesus. E Jesus não disse que era tarde demais ou que tinha de purgar os seus pecados algures depois da morte. De modo algum! Jesus foi muito claro e enfático: “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23:43). Ouçamos Pedro no Concílio de Jerusalém: “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram.” (Atos 15:11). Em 179 versículos ao longo da Bíblia encontramos o conceito “graça”, que é o que Deus nos dá sem merecermos, sendo que a misericórdia é o que Deus não nos dá e que merecíamos. De facto, SÓ pela graça é que podemos ser reconciliados com Deus, porque foi Jesus quem nos resgatou, redimiu, justificou, expiou e propiciou os nossos pecados. Nenhum outro morreu e ressuscitou. Só Jesus que é sem pecado, podia morrer pelos pecadores.

Deus tem mãe? Se Deus tem mãe já não é Deus, e só a mãe o seria, o que é incongruente. Maria concebeu Jesus. Nem sequer podemos dizer taxativamente que o Espírito Santo usou o património genético de Maria, porque ela concebeu pelo Espírito Santo, e terá sido apenas a portadora. Uma vez mais recorrendo à Bíblia nunca encontramos tal designação. Por causa disso Jesus considerou todos os Seus seguidores como seus irmãos, irmãs e mãe. “Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe. E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te. Porém ele respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe. Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?” (Mateus 12:46-55). O que é que diminuiria Maria em ter sido mãe? A virgindade é uma virtude em relação à maternidade? Maria teve outros filhos, e a desculpa do termo incluir primos não satisfaz. Maria deve ser adorada ou eufemisticamente venerada, porque ninguém se ajoelha diante de quem venera como vemos infelizmente não apenas em relação a Maria, mas a todo um séquito de supostos intercessores beatificados e canonizados, algo que não encontramos na Bíblia. O que ali encontramos é o sacerdócio universal de TODOS os crentes: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9). De igual modo nada se encontra na Bíblia sobre uma suposta imaculada conceição de Maria, antes bem pelo contrário: “como está escrito: Não há justo, nem um sequer” (Romanos 3:10). “Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus.” (João 8:46,47). Maria é uma referência na nossa fé que, de acordo com as Escrituras: “Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim. Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.” (Lucas 1:39-45). Cada um de nós devemos aprender com Maria o segredo da vida cristã: “Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser.” (João 2:5). Façamos tudo o que Jesus nos diz e encontraremos descanso para as nossas almas: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30).

Terá sido Pedro o primeiro Papa, tentando interpretar as palavras de Jesus de que Pedro é a pedra alicerce da Igreja constituída por todos os remidos? Pedro poupa-nos o trabalho na sua primeira carta interpretando as palavras do Mestre, Senhor e Salvador Jesus: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.” (2:4-8). A expressão “papa” nem sequer faz parte do léxico bíblico. Paulo confronta Pedro quando este pelo seu comportamento em relação aos gentios devia ser censurado: “Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar-se, temendo os da circuncisão. E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gálatas 2:11-14).

A fé dos pais pode substituir-se e impor-se a um bebé? De modo nenhum. O batismo de crianças não tem respaldo na Bíblia. É preciso que o próprio creia, e para crer ele tem que usar a sua autonomia e em consciência, decidir: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.” (Marcos 16:15,16). Não existe essa espécie de cristão nominal ou cultural. O seguidor de Jesus é um nascido de novo, filho de Deus e uma nova criação: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Coríntios 5:17). Esta defesa afirmada pela reforma radical em oposição à reforma magisterial, e na linha de uma igreja reformada sempre em reforma no acerto progressivo com as escrituras, custou a vida de muitos reformadores. A Bíblia permanece igual a si mesma. Ela é a verdade que santifica como Jesus refere na Sua oração em favor de nós: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17).

Intercessão pelos mortos para que saiam do purgatório, ou dos que já partiram pelos viventes, não consta da Bíblia, como também o limbo que já foi “extinto”.

Confissão auricular é outra coisa que não é mencionada na Bíblia. O que ali encontramos é: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tiago 5:16).

Bulas e penitências não constam do texto bíblico, bem como a oração repetitiva, sendo censurada pelo próprio Jesus: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.” (Mateus 6:7,8).

A transubstanciação dos elementos da Ceia do Senhor, pão e vinho, não conhece respaldo na Bíblia: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.” (1 Coríntios 11:23-26). O pão é pão, e o vinho é vinho – símbolos do corpo e sangue de Jesus, tomados por todos os crentes.

O celibato dos padres também não se encontra na Sagrada Escritura, antes bem pelo contrário: “Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo.” (1 Timóteo 3:1-7).

Felizmente a missa em latim já acabou, mas eu ainda sou do tempo que a língua usada era o latim e o povo ficava a ver navios. O que se requer é que todo o povo leia e entenda a Palavra de Deus na sua língua e o Espírito se encarrega de iluminar a mente de todos os que sinceramente buscam a Deus: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:14-17). Citamos ainda o apóstolo Paulo na carta aos Romanos: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (12:1,2).

Termino com um testemunho pessoal que ainda hoje me fere o coração. Pela mão do meu pai descia a ladeira íngreme que leva até ao Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, também designado como Convento da Rainha Santa Isabel. Nasci em Coimbra no Alto das Almas, acima do cemitério, numa casa muito modesta. Vi com os meus olhos de criança muitas pessoas a subir o lajedo de pedra da calçada, com os joelhos bem maltratados. Ainda hoje mesmo com um piso tratado e horizontal, os peregrinos de Fátima e de outros centros (S. Bento da Porta Aberta é outro exemplo, mas existem muitos mais em Portugal), de joelhos pensam assim agradecer a Deus. Não há quem com uma voz firme por parte das autoridades eclesiásticas católicas romanas, negue essa religiosidade popular, e demonstre que ela não encontra qualquer base na Bíblia? Por favor!


Ontem ao visitar o site da Aliança Evangélica Mundial logo na homepage registei a seguinte resposta, à pergunta “quem são os evangélicos?”: “Os evangélicos em todo o mundo são pessoas de fé incrivelmente diversas e vibrantes! Eles são unidos por convicções espirituais que consideram "inegociáveis", ao mesmo tempo em que reconhecem uma grande variedade de expressões em assuntos não essenciais, como seu estilo de adoração.” Nos 100 anos da Aliança Evangélica Portuguesa desejo ver reforçada a ideia bíblica de Igreja, expressa pelo apóstolo Paulo movido pelo Espírito, no todo das comunidades locais que representa: para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade.” (1 Timóteo 3:15).


A chamada para todos nós que queremos seguir a Jesus no poder do Espírito, no abraço do Pai, e na verdade em amor da Palavra de Deus, é que busquemos a única unidade válida na Bíblia e nos juntemos para a ler e estudar e praticar.


Podem ler o texto da “Comunicação apresentada em representação da Aliança Evangélica Portuguesa nas 2ªs Jornadas Interconfessionais realizadas sob o tema genérico "Jesus, a Palavra Viva", no auditório da Fundação Eng. António de Almeida, na cidade do Porto, a 30 de Outubro de 2004.” (O Melhor de Tudo (samuelpinheiro.com) – texto FANÁTICO DA GRAÇA.


Samuel R. Pinheiro


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