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A CRUZ DE CRISTO

          O centro do Evangelho é a cruz de Jesus Cristo. Não há fé cristã sem a centralidade dessa cruz – a morte do próprio Deus feito homem, para restaurar o homem à relação com Deus. Deus experimentou a morte na condição humana, não deixando de ser Deus. Isso é “inaceitável” pelo homem decaído da imagem e semelhança segundo a qual foi criado – o próprio Deus. A salvação dos homens implicou o próprio sacrifício do Filho de Deus. Foi o próprio Deus que isso determinou. Vivemos num universo, segundo o propósito de Deus, em que o pecado gera a morte. Para que esse pecado e morte fossem vencidos Deus decidiu que Ele mesmo mostraria a Sua essência e o Seu coração ao serviço da humanidade, morrendo. O poder de Deus manifesta-se na cruz. Deus vence o pecado, cumpre a pena em nosso lugar, substitui-nos para que em e por Jesus Cristo sejamos reconciliados com Ele. O ciclo da morte foi interrompido.

            Não se pode conhecer o coração de Deus fora da cruz. Deus, o Criador, é também O crucificado. O crucificado é O ressurrecto e O que voltará em breve para levar os Seus para a eterna presença do Pai.

            A cruz de Cristo não pode ser dissociada da nossa própria cruz que somos intimados a tomar se queremos ser seguidores de Jesus Cristo. Temos que tomar a nossa cruz para caminharmos com Jesus Cristo. Não é a nossa cruz que nos salva, mas é a salvação que nos é dada por Jesus Cristo através da sua cruz que recebemos o poder para carregar a nossa cruz. A nossa cruz é que nos identifica com O crucificado. Não se trata de um símbolo a usar na lapela do casaco ou na parte detrás do carro, mas um estilo de vida.

            O foco da pós-modernidade é o coração seguindo o que se sente, no cristianismo o coração segue a vontade do Pai, de acordo com a oração que Jesus ensinou e viveu entre nós: “faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:10). No Jardim do Getsemani, ao contrário do que aconteceu no Jardim do Éden, Jesus orou: “Meu Pai: Se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.” (Mateus 26:42).

            Recomendamos a leitura de livros como “A Cruz de Cristo” de John Stott, “O Jesus que Nunca Conheci” de Philip Yancey e “Ele Escolheu os Carvos” de Max Lucado, entre muitos outros que temos à nossa disposição em língua portuguesa. Mas acima de tudo leia-se a Bíblia, da qual citamos o seguinte texto, bem significativo a este propósito: “Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” (1 Coríntios 1:22-24).

 

Samuel R. Pinheiro
www.samuelpinheiro.com

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