ESCÂNDALO E LOUCURA
Estas têm sido as reações habituais da cultura e das pessoas em todas as épocas à mensagem de Jesus Cristo crucificado, da mesma forma como Paulo regista na sua carta aos cristãos em Corinto: “Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos, a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” (1 Coríntios 1:22-14).
A cruz é a estaca zero do evangelho. Não é possível começar em qualquer lugar, em qualquer outra pessoa, em qualquer outro momento. É ali que Deus se nos mostra em toda a Sua bondade e graça, é ali também que é exposta toda a nossa condição corrompida pela desobediência, pelo pecado, pelo afastamento de Deus. Diante da cruz ficamos de todo despidos das nossas ilusões, mas, ao mesmo tempo, colocados diante da gloriosa esperança presente e eterna de reconciliação com Deus, e restituídos à glória para a qual fomos criados – a de Deus que nos fez à Sua imagem e semelhança.
De símbolo de maldição a cruz é hoje, para nós, expressão de amor, perdão, graça, vida, reconciliação, redenção, justificação, substituição, expiação, propiciação. Somos devolvidos a Deus por Ele mesmo. Deus fez por nós o que era de todo impossível a qualquer criatura fazer em favor do seu semelhante, ou a favor de si mesmo.
O evangelho apresenta-nos essa singularidade extraordinária, o Deus que nos criou, que determinou as consequências da transgressão à condição para a qual fomos criados em Deus e para Deus, emersos em todo o Seu amor, santidade, justiça e graça; é o mesmo Deus que toma a iniciativa de vir ao nosso encontro, assumir a nossa forma, revestir-se de um corpo como o nosso, fazer-se homem sem deixar de continuar a ser Deus, e dar a Sua própria vida para nos ter de volta, sem beliscar a Sua justiça e explodir todo o Seu amor, graça e misericórdia.
Há esperança para todos os homens e para todas as mulheres, de todas as raças, línguas, povos e nações. Não mais uma religião, sacrifícios humanos, obras realizadas pelo esforço humano; não mais esforços inúteis, frustrados e frustrantes. Deus nos salva pela graça, como nos criou segundo a mesma graça. Só que a criação custou apenas uma palavra e um sopro, e a redenção implicaram a morte do próprio Deus feito homem – JESUS CRISTO!
Só que Jesus não ficou na cruz nem no sepulcro que serviu de abrigo ao seu corpo inanimado. Ele ressuscitou, levantou-se da morte pelo poder do Seu Pai, e hoje o Espírito Santo reside em todos os que O confessam como Salvador e Senhor.
Esta é a história que nos leva a crer, a confiar, a conhecer o Deus único e verdadeiro. A história é real, não é ficção, fantasia, metáfora, simbolismo, fábula, mito. Ela aconteceu na História e marca o ponto de mudança e de retorno. Ela representa a certeza de um novo futuro. Não será numa hecatombe que o planeta terra e a humanidade sucumbirão. A resposta também não é tecnológica ou energética. O próprio Deus pessoal se encarregou disso e consumou todas as coisas. Aguardamos novos céus e nova terra em que habitará a justiça, e até lá podemos viver uma nova vida, cientes das nossas imperfeições, mas confiantes na obra que Deus já começou e vai completar até ao dia de Cristo Jesus.
Há esperança para toda a humanidade. Diante da cruz todos somos iguais, não há aceção. Mas como diz o mesmo apóstolo Paulo pelo Espírito Santo – “Cristo em vós, a esperança da glória” (Colossenses 1:27).
Samuel R. Pinheiro
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