DEUS FEZ-SE HOMEM!
Este é o mistério maior. Este é o gesto de Deus que nos confunde. Decisão tomada antes da criação. Criados à imagem e semelhança de Deus, “parecidos” com ele, transportando em nós as suas impressões digitais, Deus haveria na plenitude dos tempos de se fazer à nossa imagem e semelhança. Deus não é um estranho para nós. Nós não somos estranhos para Deus, na nossa compleição, na nossa identidade, na nossa condição, no nosso estado pecaminoso. O corpo que Deus assumiu tinha as marcas da nossa queda.
Deus tornou-se visível. Deus é nosso próximo. Aproximou-se de nós de tal forma que O pudéssemos ver, tocar, contemplar, abraçar. Deus tem um rosto, um corpo. Deus habitou entre nós em carne e osso. Deus provou a nossa humanidade.
Diante de Jesus Cristo sabemos quem Deus é. Existe evidência mais do que suficiente para sabermos com toda a certeza que Deus existe. Ele esteve entre nós. Se alguém não é convencido por Jesus Cristo acerca de que Deus existe, do Seu amor incondicional por nós e do Seu plano de vida com abundância para cada uma das Suas criaturas, então nada nem ninguém mais o convencerá.
Todas as perguntas, todas as dúvidas, todas as perplexidades têm na pessoa de Jesus Cristo uma resposta pessoal. A questão do mal e do sofrimento incomoda-nos, confronta-nos, deixa-nos conturbados no mais íntimo do nosso ser. Sabemos muito pouco acerca do impacto destrutivo, demolidor e ruinoso do pecado; mas diante do quadro da encarnação de Deus e da Sua morte numa cruz como um criminoso, temos um vislumbre da malignidade que ele comporta. O que interessa é que Deus fez tudo para solucionar o nosso pecado e isso representou o Seu próprio sacrifício em nosso lugar. Loucura, dirão uns. Escândalo, clamarão outros. Mas foi o próprio Deus que no Seu amor, justiça e santidade o determinaram e Ele cumpriu a Sua parte.
NATAL não é ruas enfeitadas, montras iluminadas, pinheiros artificiais, consoada, prendas, cartões de boas festas. NATAL é muito mais. NATAL é Deus connosco. Por isso os anjos cantaram. Por isso uma estrela surgiu com um esplendor invulgar no firmamento. Por isso nós podemos ter esperança. Por isso acreditamos numa eternidade de bem-aventurança sem limites. Por isso, aqui e agora, nos esforçamos, lutamos, acreditamos, investimos, amamos, celebramos, resistimos, perseveramos.
O fim a história não acontecerá num holocausto atómico, no silêncio da morte e da aniquilação. O egoísmo, a vingança, a inveja, a ganância, a violência, o poder do dinheiro, a corrupção, não ditarão o fim. Jesus Cristo que nasceu num estábulo em Belém e morreu numa cruz no Calvário, ressuscitou e um dia destes estará de volta para dar início a novos céus e nova terra em que habitarão a justiça para sempre. O que nasceu como um bebé indefeso e morreu na cruz como um malfeitor carregando o nosso pecado, voltará como Senhor.
Samuel R. Pinheiro
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