EU ACREDITO QUE DEUS EXISTE
Para mim não há como não crer em Deus diante de Jesus Cristo!
Poderia dizer que não posso deixar de acreditar que Deus existe diante do Universo, do sistema solar, do planeta Terra em que vivo; diante de um nascer ou pôr-do-sol, de um grão de areia ou de um átomo. Não posso deixar de crer em Deus diante de mim mesmo e dos meus semelhantes, de cada célula do meu corpo, do meu cérebro, do meu coração, dos meus olhos – de todo o meu corpo, da minha capacidade de pensar, de sentir, de escolher, de decidir. Podia e posso dizer que não posso deixar de crer que Deus existe perante o Livro dos livros – a Bíblia Sagrada!
Mas tudo isso é pouco diante da pessoa incomparável, única, singular, exclusiva que é Jesus Cristo, e cuja História eu leio no Livro de Deus. Ele é o Verbo divino, o Logos, o Verbo encarnado, o Criador que tomou a forma humana.
- O Seu nascimento é único no ventre de uma virgem por obra e graça do Espírito Santo, que aceita o veredito divino tendo certamente alguma consciência do que isso causar à sua reputação e do seu noivo. Jesus nasce num estábulo porque os pais não encontraram para ele lugar numa estalagem, embora estivessem preparados para encontrar o melhor lugar para o bebé que iria nascer. Magos vieram do Oriente porque viram a Sua estrela, quando os religiosos e a classe política em Jerusalém ignoravam o assunto. Pastores no campo foram alertados para o acontecimento e vieram adorá-lo.
- A sua vida é absolutamente singular sempre voltada para abençoar todos os que Dele se aproximavam, provocando a mente e o coração dos que O interpelavam, desafiando cada um dos que a ele se dirigiam para uma nova vida de amor a Deus e ao próximo. Fazendo milagres mesmo quando não fora interpelado para tanto. A sua vida foi vivida na dimensão do poder de Deus e manifestando a Sua glória. Nada do que a desobediência, o pecado, as circunstâncias e as situações, tenham gerado, paralisava o Seu amor e o Seu poder. Tudo servia para que Deus fosse glorificado pela manifestação da Sua graça.
- A Sua morte substitutiva, em que Deus na dimensão humana, assume sobre Si próprio toda a maldade, e nos alcança um perdão pleno. Difícil, senão mesmo impossível de entender pelas nossas mentes tacanhas e limitadas. Para nós o pecado é um simples e leve desvio de uma rota pouco definida. Mas para a Trindade é a negação da essência da natureza divina com que todas as coisas vieram a existir. Não havia plano B para Deus. O pecado só podia ser revertido, não com uma absolvição ou indulto que manteria tudo na mesma, mas por uma intervenção radical (nas raízes, no âmago do próprio problema). Deus estabelece que essa solução passa pela vinda do Seu Filho em carne pela Sua morte a nosso favor. Nós O matámos na nossa cegueira desobediente e rebelde, e tendo morrido de livre e espontânea vontade, mata a morte pela Sua morte ressuscitando de entre os mortos.
- A Sua ressurreição que nos dá a certeza de uma vida eterna, de uma nova realidade, num corpo glorificado e sem mais lágrimas, morte, dor ou sofrimento. A vitória é-nos concedida para não vivermos mais à mercê do pecado. Já não temos que viver na agonia de tentar resolver a nossa condição por nós mesmos. A nossa riqueza ou a nossa pobreza não o podem almejar. É o próprio Deus que o realiza. Repugna-nos? Ofende-nos? Choca-nos? Deslumbra-nos? Ofusca-nos? Tudo pode acontecer! Mas está realizado e assumido, reivindicado e tacitamente determinado. Jesus morreu e ressuscitou. Nele recebemos a vida de Deus que permanece eternamente.
- A Sua ascensão com a garantia de um novo paracleto, o Espírito Santo que estaria connosco e em nós. Voltou para o Pai de onde veio, mas enviou o Espírito Santo para viver dentro de nós. Agora podemos ser templo de Deus. Não é em santuários de pedra que Deus almeja fazer morada, mas em homens e mulheres de carne e osso. Pequenos, frágeis, vulneráveis, impotentes, sujeitos ao desgaste dos anos; ainda assim é nesses vasos de barro que Deus quer fazer a sua residência permanente.
- A Sua promessa de segunda vinda e de uma nova era que incendeia a nossa esperança e não nos atola nas nossas incapacidades, impotências e não nos exclui de um envolvimento determinado, sem depender de nós em última instância.
- A Sua influência na História como nenhum outro, ela não seria o que foi apesar de tudo o que carrega de violência, morte e destruição.
- A perseguição voltada para Ele ainda hoje na pessoa dos Seus seguidores, e da Sua Igreja.
- Os erros e as falhas, os crimes cometidos em Seu nome, mas que apenas ressaltam a Verdade da Sua Pessoa.
- Dos Seus ensinos de uma forma de vida de acordo com a natureza do Criador, e demonstrada na Sua própria existência entre nós. Dando também a perceber que tudo isso só pode acontecer a partir de uma transformação de fundo, um novo nascimento, uma mudança que vai gradualmente expressando-se dando lugar ao Espírito e não à velha natureza, às estruturas do mal e às forças espirituais da maldade.
- Da Sua vida inigualável, sempre em consonância com a vontade do Pai e do Espírito Santo.
- Dos Seus relacionamentos acolhendo os que eram rejeitados, marginalizados, excluídos. Amando os que os religiosos consideravam que Deus nunca poderia amar e aceitar, muito menos conviver com eles. Por isso no momento da sua morte, quando expirava na cruz, o véu do templo que separava o lugar santo do lugar santíssimo, onde só o sumo-sacerdote uma vez por ano poderia entrar. Agora com ousadia podemos entrar na presença de Deus onde quer que nos encontremos, adorando-O em espírito e em verdade. O maior de todos os crimes que representa na essência o que o pecado é – o homem matando Deus feito Homem, o Justo, perfeito, completo, sem falhas… recebe da parte da Vítima inocente um pedido de perdão: “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Neste perdão todos estamos incluídos. O pecado foi perdoado, os crimes foram perdoados. Só não somos perdoados se rejeitarmos o perdão. A nossa condenação não está na ausência de perdão, mas na nossa não aceitação. Porque a todos quanto O recebem, deu dá-lhes o poder de serem filhos de Deus aos que creem no Seu nome.
- Da Sua absoluta e perfeita dependência do Pai no mover do Espírito Santo – confiança incondicional, e que é patenteado na Sua plena tranquilidade, paz e segurança.
- Da Sua amizade com os marginais, samaritanos, pecadores e publicanos –a escória, os que eram tidos como o lixo da sociedade, os mal comportados.
- Da Sua frontalidade perante os religiosos na sua hipocrisia e arrogância.
- Do modo como lidou com toda a oposição, ofensa, maus tratos, provocação.
- Das declarações estonteantes que fez a Seu próprio respeito e que em outro qualquer seria motivo de doença mental.
- Dos milagres que preencheram a Sua vida mostrando que para Deus não existem impossibilidades, acalentando a fé na Sua pessoa na certeza de que ainda hoje acontecem, e como antecipação de um novo futuro em que o milagre estará sempre presente, porque os efeitos da maldade desaparecerão.
- Da Sua excelência e perfeição ética e moral sem arrogância, sem em nada diminuir a Sua graça, misericórdia e amor incondicional.
- Dos convites que nos dirigiu para o novo homem, uma nova vida, um novo nascimento, um novo começo, mudança e transformação.
Não posso deixar de crer na existência de Deus e de crer nesse Deus que se deu a conhecer em Jesus Cristo, porque Nele e por Ele somos reconciliados com a natureza excelsa e gloriosa Dele mesmo e na qual fomos plasmados no início, quando o homem e a mulher foram criados.
Se queremos saber que Deus existe escrutinemos a Sua vida.
Se queremos saber quem Deus é mantenhamos um relacionamento próximo com Ele na narrativa da Sua vida pelos evangelhos e no Espírito Santo que os inspirou.
Se queremos saber como Deus olha a dor e o sofrimento acompanhemos a Sua vida entre nós.
Se queremos saber como Deus age em relação a todos nós como pecadores que continuamente erramos o alvo da nossa vida, prestemos atenção à Sua relação e proximidade com o Pai, na plenitude do Espírito Santo.
Se queremos saber como podemos e devemos viver, mantenhamos a Sua vida continuamente diante de nós. Deus na forma humana viveu nas nossas condições a vontade expressa e definida pela Sua natureza, sem transigir, mas sem qualquer laivo de arrogância.
“Nunca ninguém viu Deus. Só o Deus único, que está no seio do Pai, o deu a conhecer.” (João 1:18 – BPT).
“Porque Deus está totalmente presente em Cristo, de forma corporal, e ele tornou-vos completos naquele que é a cabeça de todos os poderes e autoridades.” (Colossenses 2:9 – BPT).
“Até á vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, guarda sem defeito nem mancha o que te foi mandado. Na devida altura ele há-de aparecer pelo poder daquele que é bendito, o único soberano, o Senhor dos senhores. É ele o único que não morre. Ele vive rodeado de uma luz que ninguém consegue penetrar. Ninguém o viu nem poderá ver. A ele seja dada honra e poder para sempre. Ámen.” (I Timóteo 6:14-16 – BPT).
“Sem fé ninguém pode agradar a Deus. Quem se aproxima de Deus deve acreditar que ele existe e recompensa os que o procuram.” (Hebreus 11:6 – BPT).
Samuel R. Pinheiro